segunda-feira, 5 de março de 2012

Micaela, a guerreira dos andes

Nada mais justo do que homenagear essa semana (e sempre!) algumas mulheres que tiveram presença marcante na história da América Latina. Pena não dar conta de homenagear todas, afinal muitas guerreiras encontram-se no anonimato e outras nunca tiveram o destaque que mereciam. Micaela Bastidas Puyucahua é uma delas, não vamos encontrá-la nos livros de história.
Micaela nasceu em Pampamarca, Apurimác, Perú por volta de 1745. O pai de origem africana e a mãe indígena, lhe conferiram características físicas muito peculiares, de uma beleza ímpar. Aos 15 anos casou-se com José Gabriel Condorcanqui Noguera, mais conhecido como Tupac Amaru II e com ele teve 3 filhos: Hipolito, Mariano e Fernando.

Estrategista, esteve ao lado de Tupac Amaru II quando este sitiou Cusco, em 1781. A grande rebelião anti colonial explodiu na Província de Tinta, que estava ficando despovoada devido ao trabalho forçado da população nas minas de prata lideradas pelos espanhóis. Juntos, Tupác e Micaela "levantaram poeira" nos andes: decretaram liberdade aos escravos, aboliram impostos, entre outras façanhas. Em pouco tempo, milhares de mestiços, indígenas, escravos e camponeses não obedeciam mais às exigências da Coroa Espanhola.
Micaela enviou várias mensagens a Tupác para que ele invadisse Cusco de uma vez por todas, antes que os espanhóis fortalecessem suas defesas e os rebeldes se dispersassem. Capturada em 1781 e "puxada pelo rabo de um cavalo", Micaela entra na Praça Maior de Cusco."Ela vem dentro de um saco de couro, desses que carregam mate no Paraguai. Os cavalos arrastam também, junto ao cadafalso, Tupác Amaru e Hipólito, o filho mais velho.  Outro filho, Fernando, olha...". Micaela sobe ao tablado e o verdugo busca a sua língua, mas não consegue silenciá-la. A argola que aperta seu pescoço fino não é suficiente para matá-la, é preciso que os algozes enrolem laços em seu pescoço e lhes deem chutes no estômago e nos peitos para finalizar o suplício.
Nesse dia, Intip, o Deus Sol, se escondeu.

Mais:

Galeano, Eduardo: As veias abertas da América Latina. Ed. Paz e Terra. 1976.
______________. Mulheres. Ed. L&PM Pocket. 1998.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Palavra Macumba - Aimé Césaire



Homem de muitas facetas, Aimé Césaire (1913-2008) foi um poeta, dramaturgo, ensaísta, político nascido na Martinica. Seu excelente desempenho escolar na Martinica lhe rendeu uma bolsa de estudos em Paris  , onde começou a escrever sobre as raízes africanas. Em 1934, ao fundar o jornal L'Étudiant noir, lança pela primeira vez o conceito de negritude que influenciou políticos e intelectuais na defesa pela independência dos países africanos. Sua obra, muito atrelada ao movimento surrealista e às raízes africanas, tem um sabor especial, sempre tratando as questões do colonialismo, da negritude, identidade e racismo.


Palavra-Macumba
a palavra é mãe dos santos
a palavra é pai dos santos
com a palavra serpente é possível atravessar um rio
povoado de jacarés
me acontece desenhar uma palavra no chão
com uma palavra fresca pode-se atravessar o deserto de um dia
existem palavras remo para afastar tubarão
existem palavras iguana
existem palavras sutis essas são palavras bicho-pau
existem palavras de sombra com despertadores em cólera faiscante
existem palavras Xangô
me acontece de nadar malandro nas costas de uma palavra golfinho

Mot Macumba
le mot est père des saints/le mot est mère des saints/avec le mot couresse on peut traverser un fleuve/peuplé de caïmans/il m’arrive de dessiner un mot sur le sol/avec un mot frais on peut traverser le désert/d’une journée/il y a des mots bâtons-de-nage pour écarter les squales/il y a des mots iguanes/il y a des mots subtils ce sont des mots phasmes/il y a des mots d’ombre avec des réveils en colère d’étincelles/il y a des mots Shango/il m’arrive de nager de ruse sur le dos d’un mot dauphin





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O homem que enfrentou Cabral


Escrever esse texto não foi fácil. Precisei de um tempo para isso, não tinha como fazer antes: doía muito e não me sentia digna de tal tarefa. Decidi escrever para que outras pessoas conhecessem o grande homem do qual vou falar e sua trajetória não seja esquecida.
Jijokó era pajé Guarani, um xeramõi dos bons, pois curava muita gente. Era porque faleceu em 16/12/2011 enquanto visitava a família em Santa Catarina.
Além de pajé, com grandes poderes de cura e capacidade de transitar pelo mundo dos espíritos, Jijokó era um lutador. Esteve à frente e enfrentou com garra o processo de demarcação da aldeia Rio Silveira em Bertioga, resistiu à cooptação dos especuladores imobiliários que tentavam iludí-lo com grana e, depois de uma longa briga na justiça contra a rede de supermercados Peralta, ganhou a batalha e garantiu a terra para seu povo.
Com seu sorriso largo e olhar penetrante, me contou muitas histórias sobre sua vida, mitos, suas preocupações com o futuro e também sobre como se "tornou" pajé: 

"- Quando eu nasci, já veio o entendimento pra mim, já veio a sabedoria. Daí que é bom só comer uma alimentação leve para ficar ao lado dele, de Nhanderu", contava Jijokó. 

Jijokó em maio de 2011 (foto: Luciana Galante)

Numa ocasião em que o visitei, fui agraciada com um relato interessante sobre a luta pela terra e as dificuldades que ele enfrentara. No auge da conversa, da qual também participava sua esposa, ele dispara: 

"- Sabe por que tem esse problema com a terra? Sabe por que isso acontece? É tudo culpa do Cabral! O Cabral é amigo do Peralta" (a rede de supermercados). 

Em seguida sua esposa se dirige a mim e pergunta:

"- Mas faz tanto tempo que eu ouço falar desse Cabral, será que ele ainda está vivo?"

Na hora achei melhor dizer que não sabia, mas que achava que não.  
Essa conversa me ensinou que nem sempre o tempo é cronológico e as sociedades que vivem o tempo mítico, não linear, costumam incorporar os personagens históricos aos arquétipos, no sentido de modelos ideias. Nesse caso, como Cabral e Peralta provocaram desordens fundiárias, foram colocados em equivalência.  Viver o mito é, sem dúvida, uma forma de buscar a compreensão da natureza e do mundo, de entender como esse está organizado, o lugar que os homens nele ocupam, suas regras sociais e sobreviver às imposições da modernidade.

É Xeramõi, vou sentir saudades das nossas conversas...Avete!!




sábado, 10 de dezembro de 2011

Eles querem seguir vivendo!!

Semana corrida. Em meio à tantas atividades, ontem tive o prazer de acompanhar Faride e Oriel, lideranças Guarani-Kaiowá, numa visita aos parentes Guarani-Mbya durante o dia. Foram longas conversas, manifestações de apoio e muito tererê. À noite receberam uma homenagem durante o lançamento do Relatório de Direitos Humanos no Brasil 2011, organizado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Emocionados, falaram sobre a luta diária que travam para sobreviver diante de uma verdadeira situação de guerra, sem, no entanto, perderem a esperança de terem seus direitos respeitados.
Segundo dados do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), nos últimos 8 anos foram assassinados 250 indígenas no Mato Grosso do Sul. Hoje, vítima de toda essa violência,  faleceu Rosalino Lopes, um líder que havia sido baleado por pistoleiros em 2009 e ficou paralítico desde então. Como podemos constatar, esses números não param de crescer, mostrando um quadro gravíssimo e assustador.
Diante de tanta atrocidade não podemos nos calar. Os Kaiowá fizeram um apelo e insistiram na importância de levantarmos a questão e discuti-la amplamente em todos os setores.
Domingo, 11/12/2011 às 14h, vai acontecer um ato na Av. Paulista, na praça Osvaldo Cruz. Um bom momento para conversarmos, ouvirmos as lideranças e refletirmos sobre essa violência institucionalizada. Afinal, eles querem seguir vivendo.

Oriel Benites, durante o lançamento do Comitê Nacional em Defesa das População Indígena do Mato Grosso do Sul na Câmara Municipal de São Paulo (foto: cnbb.org.br)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Guarani-Kaiowá: a existência negada


Ontem, 06-12-2011 às 19h na Câmara Municipal de São Paulo ocorreu o lançamento do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena do Mato Grosso do Sul. Encabeçado pela OAB do Mato Grosso do Sul e o Conselho Aty Guassu, o Comitê conta com a participação de diversas entidades  e tem como objetivo recolher e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos dentro e fora do Brasil.
Durante o evento, estavam presentes três lideranças Kaiowá do MS, Léia, Oriel e Faride, vários depoimentos e manifestações de apoio foram realizados. A antropóloga Lúcia Helena Rangel, professora da PUC de São Paulo e Egon Heck, representante do Cimi – MS, realizaram uma breve retrospectiva dos últimos ataques cometidos contra os Guarani – Kaiowá,  alertaram para a violência institucionalizada contra esse povo,  e também para o fato de que o enorme legado deixado pelos Guarani é pouco valorizado pela sociedade envolvente.  
A nova estratégia adotada pelos pistoleiros para desviar o foco das investigações é o ocultamento dos corpos dos indígenas assassinados. Através da lógica perversa, típica dos anos de chumbo, em que “não havendo corpo, não há crime cometido”, os assassinos privam os Guarani-kaiowá do direito de existência, de os parentes das vítimas realizarem as cerimônias fúnebres tradicionais, tornando-os invisíveis diante do estado e da sociedade. Ainda disseminam a idéia de que os próprios indígenas são os responsáveis pelas mortes, numa tentativa atroz de incriminá-los. Mais uma situação em que presenciamos a criminalização da vítima.
A líder Guarani-Kaiowá Léia, num depoimento emocionado, falou sobre a incerteza do futuro e a angústia que paira sobre a comunidade:

Queremos livrar nossos filhos desses caminhos das pessoas que nos odeiam. Ele estão mostrando um outro caminho, de que tem que morrer porque é indígena, que não tem direito à nada. Fazem as nossas crianças acreditarem que elas não existem, que eles não tem direito à vida, à terra e à liberdade. O Governo, não oferece a escola indígena que agora a gente reivindica com os professores, aí somos obrigados a colocar os nossos filhos nas escolas onde estudam os filhos dos fazendeiros, que muitas vezes humilham, com professores que não acreditam que os nossos filhos também podem aprender e, com isso, a nossa preocupação como mãe, como representante das mulheres Gurani-kaiowá, essa é a nossa preocupação maior. E pelas crianças que agora também estão sendo mortas pelos pistoleiros, como essas crianças que foram levadas junto com o nosso líder Nísio Gomes. Nós sabemos que eles não estão vivos, porque não encontramos eles até hoje. São crianças que lutam e que também estão morrendo pelas mãos desses assassinos que não escolhem as pessoas para matar. Peço que haja justiça, que vejam.

Não basta apenas olharmos, é necessário agirmos e enfrentarmos essa situação absurda...

Léia e Egon durante o lançamento do Comitê - foto Luciana Galante

domingo, 4 de dezembro de 2011

Semana em Defesa da Terra, Vida e Futuro Guarani-Kaiowá

Na próxima terça-feira, dia 06, às 19 horas na Câmara Municipal de São Paulo, Lideranças indígenas Guarani Kaiowá representantes da Aty Guasu e organizações sociais lançarão o Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul.

O Comitê terá como objetivo recolher e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos dentro e fora do Brasil.

As organizações que organizam o Comitê, em São Paulo, lembram que casos de violência, como o do cacique Nísio Gomes, recentemente executado a tiros por pistoleiros são frequentes.

De acordo com relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o Mato Grosso do Sul concentrou 55% dos casos de assassinatos de indígenas nos últimos oito anos. Foram 250 homicídios. 

O Conselho Aty Guasu e organizações de apoio e solidárias aos povos indígenas convidam para aSemana em Defesa da Terra, Vida e Futuro Guarani-Kaiowá, a realizar-se no período de 05 a 08 de dezembro de 2011, na cidade de São Paulo.

Confira a programação de atos, debates, lançamento e homenagens:

- Dia 5 - Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Plenário Juscelino Kubitschek
Av. Pedro Álvares Cabral, 201 - São Paulo – SP.
19hs: As lideranças acompanharão o Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos oferecido para a advogada de Direitos Humanos Michael Mary Nolan e farão a leitura do Manifesto do Conselho Aty Guasu, elaborado no último 27 de novembro de 2011, no Mato Grosso do Sul.

- Dia 6 - Câmara Municipal de São Paulo, na Sala Tiradentes
Viaduto Jacareí, 100 - Bela Vista (próximo ao metrô Anhangabaú).
18hs30min: Entrevista coletiva com lideranças Guarani Kaiowá representantes da Aty Guasu
19hs30min: Lançamento do Comitê Nacional em Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul, com a presença de representantes do Comitê, lideranças Guarani Kaiowá e da Dra. Lucia Helena Rangel, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.

- Dia 7 - Centro da Cultura Judaica
Rua Oscar Freire, 2.500 - (próximo ao metrô Sumaré)
20hs30min: Exibição do Documentário “À Sombra de um Delírio Verde”, seguido de debate com as lideranças Guarani Kaiowá do MS.

- Dia 8 - Sesc Paulista
Avenida Paulista, 119 (próximo ao metrô Brigadeiro)
18hs30min: Homenagem e voz ao Povo Guarani Kaiowá durante o lançamento do Relatório de Direitos Humanos da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.


Contextualização

As entidades que abaixo subscrevem deliberaram por criar o Comitê Nacional de Defesa da População Indígena de Mato Grosso do Sul pelos motivos que passam a elencar abaixo:

De acordo com o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem o 2º maior número absoluto de habitantes indígenas do país, são 79.29 habitantes indígenas, o que representa 9% da população indígena do país.

Entretanto, apesar de terceiro em população proporcional, Mato Grosso do Sul, de acordo com o último [1] relatórios do Cimi, concentrou 55% dos casos de assassinatos de indígenas no País nos últimos oito anos, sendo disparado o primeiro do Brasil.

Em 2008 foram 70%; em 2010, 57% e nos primeiros nove meses deste ano, 27 indígenas foram assassinados dos 38 assassinatos ocorridos no País, o que representa 71% da totalidade.

Conforme o relatório, neste período, foram registradas aproximadamente 190 tentativas de assassinatos, 176 suicídios e mais de 70 conflitos por terras.

O Estado concentra 31 acampamentos indígenas com “mais de 1200 famílias vivendo em condições subumanas à beira de rodovias ou sitiados em fazendas”

Dessas etnias, o povo Kaiowá Guarani é o mais numeroso e o que mais tem sido vítima da sonegação dos direitos humanos fundamentais.

O número elevado de suicídios, alcoolismo, jovens indígenas sendo usados como “mulas” para o tráfico de drogas, exploração da mão-de-obra indígena de forma degradante nas usinas de álcool.

De acordo com dados do INFOPEN de dezembro de 2010, o Estado de Mato Grosso do Sul detém a segunda maior população carcerária indígena do Brasil, com mais de 100 índios encarcerados nas prisões do estado sem assistência jurídica adequada.

Pelas contas do Conselho Indigenista Missionário, nos últimos oito anos, 250 indígenas foram assassinados em Mato Grosso do Sul e muitos crimes ainda se encontram sem solução, com investigações inconclusas e mandantes não responsabilizados.

É importante salientar que as terras tradicionalmente ocupadas por indígenas em Mato Grosso do Sul foram expropriadas e alienadas pelo estado na década de 40 do século passado como forma de colonização do território nessa região. Expulsar os indígenas e fixar os fazendeiros nessas áreas para legitimar a política oficial de povoamento resultou em um processo de confinamento e redução dos territórios indígenas, sendo extremamente nociva e desumana para as etnias submetidas a essa medida.

O que se deu no passado, no então estado de Mato Grosso, é que as terras tradicionalmente ocupadas pelas comunidades indígenas foram consideradas terras devolutas, alienadas e tituladas indevidamente. Esse erro precisa ser reparado hoje, uma vez que a população indígena vem crescendo e encontra-se confinada em pequenas áreas, o que a motiva a reivindicar seus antigos territórios.  O Estado brasileiro continua omisso em buscar uma alternativa jurídica que evite injustiças a qualquer um dos lados que reclamam por direitos, o que estimula a violência e o conflito direto entre fazendeiros e indígenas, em continuo acirramento.

Prova desse acirramento contínuo foi o que ocorreu no ultimo episódio de barbárie, visto que, um grupo de cerca de 40 pistoleiros, armados e encapuzados, invadiu no dia 18/11 (apenas alguns dias após a divulgação do ultimo relatório do Cimi) de manhã um acampamento de índios guaranis no município de Amambaí. De acordo com informações dos índios, que presenciaram os fatos, o ataque era contra o cacique Nísio Gomes. Ele foi executado a tiros e, segundo depoimentos dos indígenas, teve o corpo arrastado pelos pistoleiros e jogado em uma caçamba de camioneta e levado para local ignorado, o indígena é considerado morto pelos indígenas e desaparecido para as autoridades.

Dessa forma, e pelos motivos acima, a criação do presente Comitê pretende praticar todas as ações legais e pacificas necessárias para que os direitos humanos dos índios sul-mato-grossenses sejam respeitados.

Solidarizam-se e apoiam as ações:

Conselho Indigenista Missionário - CIMI
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Pastoral Indigenista de São Paulo
Programa Pindorama da Pontifícia Universidade de Católica de São Paulo (PUC SP)
Museu da Cultura da PUC SP
Assembleia Popular de São Paulo
Instituto Terra, Trabalho e Cidadania
Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
NEMA-PUC (Núcleo de Estudos de Etnologia indígena, meio ambiente e populações tradicionais);
Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas
Grupo Justiça e Paz Irmã Dorothy e Vida Religiosa Inserida - CRB SP
Conferência dos Religiosos/as do Brasil - CRB SP e MS
Fórum de Participação da V CELAM
Comissão de Articulação dos Povos Indígenas de São Paulo
Centro de Orientação da Família - Mauá –SP
Pastoral Operária Nacional
Pastoral da Mulher Marginalizada
Pastoral Afro de Heliópolis -SP
Casa da Solidariedade de São Paulo
Fórum em Defesa da Vida de São Paulo
Sociedade Santos Mártires
Associação Mãe Zazá
Centro de Direitos Humanos e Educação Popular – CDHEP
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana – Condepe
SPM - Serviço de Pastoral do Migrante
Grito dos Excluídos Nacional
Serviço Franciscano de Solidariedade – SEFRAS
Instituto Socioambiental - ISA
Comissão Pró Índio - CPI
Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo
Fórum das Pastorais Sociais da Arquidiocese de São Paulo
Movimento de Alfabetização do ABC
Missionários Oblatos de São Paulo
Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular - CESEEP

Atualizações, favor enviar no e-mail ecosdaarte@yahoo.com.br
Com o título do assunto: Assinatura de Apoio ao Povo Guarani


O líder Kaiowá Nísio Gomes, assassinado em 18-11-2011